segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dinâmicas para trabalhar com alunos

Concordo/discordo

Em folhas de ofício, escrever as frases abaixo e outros pensamentos, colocá-los em um quadro ou no chão e pedir para que as pessoas formem grupos em torno de um deles para conversar. Depois, apresentam-se as conclusões para o grupo todo.

“Houve um tempo em que lugar de negro era na senzala. Hoje trancam a gente na favela.” Carolina Maria de Jesus - escritora negra.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” Nelson Mandela - prêmio Nobel da Paz 1993.

Martin Luther King, negro estadunidense, militante da paz e dos direitos humanos, assassinado em l968, disse: “O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”

“O branco inventou que o negro quando não suja na entrada vai sujar na saida ê, imagina só vai sujar na saída ê, imagina só que mentira danada, ê...na verdade a mão escrava passava a vida limpando o que o brando sujava ê, imagina só o que o brando sujava ê, imagina só, êta branco sujão”. Gilberto Gil, compositor e cantor da música popular brasileira.

“Resgatar a nossa memória significa resgatarmos a nós mesmos das armadilhas da negação e do esquecimento; significa estarmos reafirmando a nossa presença ativa na história pan-africana e na realidade universal dos seres humanos...” Abdias do Nascimento (ex-senador da República, militante do movimento negro)


Cantando e Pensando

Utilizar a letra das músicas sugeridas para conversar e refletir sobre:

- A origem da exclusão econômica, social e cultural do povo brasileiro, em sua maioria afro-descendente que “livre do açoite da senzala ficou preso na miséria das favelas”.

- As “brincadeiras” que reforçam o preconceito racial, que enfraquece a relação entre as pessoas e tanto mal provocam.

– A garra da mulher negra brasileira, sua luta pela sobrevivência e pelo reconhecimento, sua “mania de ter fé na vida”.

- A diversidade que constitui a formação étnica e cultural do povo brasileiro.

- Os desafios e conquistas da organização da juventude negra e a importância de sua articulação com os movimentos sociais.

Pode-se organizar um grupo para cada letra de música, com o desafio de trazer mais elementos sobre o tema: fazer pesquisas, entrevistas, coletar depoimentos, trazer imagens, criar cenários, coreografias.

Finalizar com a apresentação de todos os grupos, cantando e dançando estas e outras músicas.


Músicas
Lavagem Cerebral
Gabriel Pensador
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo -
eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da “elite”
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice.

Mama África
Chico César
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...(2x)

Mama África, tem
Tanto o que fazer
Além de cuidar neném
Além de fazer denguim
Filhinho tem que entender
Mama África vai e vem
Mas não se afasta de você...

Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...

Quando Mama sai de casa
Seus filhos de olodunzam

Rola o maior jazz
Mama tem calo nos pés
Mama precisa de paz...

Mama não quer brincar mais
Filhinho dá um tempo
É tanto contratempo
No ritmo de vida de mama...

Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...(2x)

É do Senegal
Ser negão, Senegal...

Deve ser legal
Ser negão, Senegal...(3x)

Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo o dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...(2x)

Mama África
A minha mãe
Mama África
A minha mãe
Mama África...



Olhos Coloridos
Sandra de Sá
Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir

Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar

Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso

A verdade é que você,
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará crioulo
Sarará crioulo, sarará crioulo (2x)


Dentro e fora do coração
(Dinâmica utilizada para refletir o tema “RACISMO”)


Primeiro momento

Colocar cartaz com o desenho de um coração no centro da sala. Cada pessoa escreve, fora do coração, uma palavra que expresse o que vê e ouve das pessoas da comunidade a respeito do Racismo.

Segundo momento

Escrever dentro do coração uma palavra que expresse o que está sendo feito para mudar a problemática do racismo em nossa comunidade e na sociedade de modo geral.


Terceiro momento

Pedir aos professores  que comparem o que está escrito dentro e fora do coração.


Quarto momento
Reflexão

Nossa comunidade tem agido corretamente com as pessoas que são vítimas do racismo?

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